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10 de Maio, 2023A entrevista do Presidente da EDP ao semanário Expresso, da passada sexta-feira, 21 de abril de 2023, é um bom indicador de que no mundo da EDP nada mudou.
Quando interpelado sobre o pagamento dos impostos pela venda das barragens da bacia do Douro Internacional à Engie, diz que nada deve.
Quando perguntado pelo pagamento do IMI diz que, se a EDP nunca o pagou, por que motivo haverá de pagar agora?!
A EDP sabe, desde sempre, que o IMI devia ser pago e que, pelo menos desde 2006, está claro que toda a administração pública portuguesa está obrigada a exigi-lo. A EDP lá saberá como conseguiu o milagre de nada lhe ter sido exigido, mas nós explicamos por que motivo agora vai ter de o pagar, com retroativos: é porque existe um Movimento de cidadãos que não se deixa condicionar pelo poder, seja ele económico, seja político, de qualquer nível, ou qualquer outro.
A EDP continua a pensar e a portar-se como a Dona Disto Tudo!
Esperávamos que os casos Pinho, Mexia, Manso Neto e tantos outros, tivessem mostrado à EDP que o mundo mudou.
A EDP tem de ter sentido de responsabilidade social. Não pode explorar e beneficiar dos recursos hídricos da nossa Terra sem se comprometer com o nosso desenvolvimento e bem-estar.
Ter driblado a lei para fazer com que uma venda de ativos se transformasse numa alegada reestruturação empresarial só para não pagar impostos, devia encher de vergonha os responsáveis da EDP.
Mostrar-se indisponível para pagar um imposto que é receita local como o IMI das barragens, confirma que a nova administração da EDP é, em tudo, igual às anteriores, sempre com uma mão aberta para receber os benefícios do Estado.
E sempre com as duas mãos fechadas para contribuir para o desenvolvimento harmonioso do País e das terras de onde retira a riqueza.
Alguém nos pode explicar por que razão temos de aceitar que a EDP e a MOVHERA explorem os nossos recursos hídricos sem pagar as devidas contrapartidas?
Não baixaremos os braços nesta luta pela cobrança dos impostos que nos são devidos e pela justiça na partilha dos nossos recursos.
Já não chegou tentarem a borla dos 400 milhões de Euros com a venda das barragens. Agora nem sequer querem pagar o IMI.
A EDP fica a saber que nós vamos continuar a exigir e conseguir que sejam cobrados todos os impostos que nos são devidos.
Terra de Miranda, 24 de abril de 2023